"The Stage" não é apenas mais um álbum da banda, é um álbum especial e experimental tentando explorar novas componentes musicais nunca antes tentadas por esta banda, um álbum que não é passível de ser compreendido com apenas uma audição, para apreciar este álbum na íntegra, é necessário que este seja ouvido diversas vezes e repetidamente, pois dispõe de uma temática lírica muito própria, focando-se em temas como a inteligência artificial, os problemas dos dias de hoje e o estado de decadência da sociedade moderna, inspirados pelas obras literárias de Carl Sagan e Elon Musk, é ainda o álbum mais longo da banda até à data tendo uma duração de 73 minutos.
Paradigm, a segunda faixa deste álbum tem a bateria de Brooks mais realçada, bem como os screams acentuados de M. Shadows que parecem retirados do álbum Waking The Fallen, Sunny Disposition tem um ritmo muito próprio, sendo acompanhada por trombones e sirenes que se fundem com as guitarras de Zacky Vengeance e Synister Gates fazendo lembrar elementos do álbum City of Evil ,é sem dúvida uma das músicas de destaque deste álbum.
God Damn é a música mais curta e direta de todo o álbum, com a bateria de Brooks em destaque e os vocais de Shadows a sobressair, é aqui que a banda introduz elementos mais pesados pela primeira vez, contendo só nesta música elementos dos estilos, Trash, Metalcore, acústico e regressando ao Trash, reparei ainda que esta música pelo meio contém um ritmo muito semelhante à música Sidewinder do álbum City of Evil.
Creating God tem um excelente solo prolongado; ao longo de todo o álbum é de louvar o excelente trabalho realizado por Synister Gates e Zacky Vengeance a nivel das guitarras tanto nos riffs como nos solos, todos eles excelentes.
Angels e Roman Sky são as músicas mais calmas deste álbum que apesar de não terem grande impacto, ajudam a manter a atmosfera com elementos acústicos.
Simulation, começa lentamente, assemelhando-se a Angels, mas abruptamente explode-nos na cara com um refrão espectacular, volta depois a reduzir a velocidade nas restantes partes da música tirando o final que contém comentário e uma panóplia de elementos como solos riffs e mais uma vez a bateria de Brooks é destacada, voltando a acalmar depois de todo este turbilhão.
Higher e Fermi Paradox são para mim as músicas que menos destaque tiveram neste álbum, mas que mais uma vez contribuem para que a atmosfera deste, se mantenha.
O álbum termina com "Exist", como descrever esta última música, é a mais longa do álbum, com aproximadamente 16 minutos de duração, é introduzida por uma sequência sonora que se assemelha a algo digital e que é depois substituída por um longo instrumental excelente, com as guitarras de zacky Vengeance e Synister Gates, a tocarem solos tremendos, sendo posteriormente acompanhada pela bateria de Brooks Wakerman, passando por uma secção acústica, que é acrescida dos clean vocals de M. Shadows e que termina com o comentário do cientista Neil deGrass Tyson.
"The Stage" é inovador, carismático e único, o novo álbum é uma mudança total de forma a todos os níveis, não dispondo das usuais influências em Hard Rock e Heavy Metal genéricos, dispõe de uma individualidade refinada e destaca-se como sendo um álbum único e com uma certa individualidade, comparativamente ao restante catálogo de álbuns de que a banda dispõe porém consegue transmitir um sentimento de familiaridade através da atmosfera característica criada pela banda.
A banda realizou um evento especial como forma de celebrar o lançamento deste novo álbum, fazendo uma performance no topo da sede da Capitol Records, editora do novo álbum, o video desta performance pode ser vista abaixo:
Por: Luís Valente - 27 Dezembro 16
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